Sunday, July 31, 2011

Stillness of heart

Cá estou eu de novo. Sem tempo pros amores, pras dores, até pros vícios, mas aqui. Eu *preciso* disto aqui. Como quem precisa de ar, de água, de vida.

Eu me apeguei a você como quem se agarra a uma última esperança, a um último suspiro, ao último gole, à mão que se estende no abismo que é estar sozinho desde sempre. Um oceano de solidão. Sozinho em eventos sociais, em compromissos familiares, em conversas, em programas, em planos, em pensamento, em casa... e no coração. Tudo bem, eu dou o braço a torcer: eu *quero* me apaixonar por você. Porque eu quero me apaixonar, simples. Até tentei evitar, tentei me convencer de que estava tudo bem, de que eu estava bem, de que eu estava muito bem sozinha. E, de fato, até algum tempo atrás, eu estava. Ou acho que estava. Mas não deu, não dá, não dá mais. Tá estampado na cara, no coração, nos meus braços dignos de pena mendigando atenção. Tá tudo tão sem-sal, tão sem cor, tão sem perfume, tão real, que qualquer fantasiazinha já me ilude e me leva pela mão pra onde quiser. Eu confesso. Não tenho orgulho de admitir isso, mas tenho orgulho de admitir que, apesar de todos os pesares, apesar de tudo, de absolutamente tudo, o meu coração ainda não deixou de acreditar.

Ps. em tempo: dois loucos só são loucos se estão separados? E se reconhecem quase que imediatamente, numa conjunção de almas, e se anulam, neutralizando a loucura um do outro? Assim como um louco e um são quase nunca se bicam? Não sei, não sei... mas tenho pensado muito sobre isso. Matemática de números inteiros explica.

Friday, July 29, 2011

Mural de inspiração

"Mas, se você me rodopiar de novo, tirar meus pés do chão por um momento que dure toda a vida, eu te juro, meu bem, que serei seu par apenas e de mais ninguém." Gabi Castro

"Vai menina, fecha os olhos. Solta os cabelos. Joga a vida. Como quem não tem o que perder. Como quem não aposta. Como quem brinca somente. Vai, esquece do mundo. Molha os pés na poça. Mergulha no que te dá vontade. Que a vida não espera por você. Abraça o que te faz sorrir. Sonha que é de graça. Não espere. Promessas vão e vêm. Planos se desfazem. Regras, você as dita. Palavras, o vento leva. Distância só existe pra quem quer. Sonhos se realizam, ou não. Os olhos se fecham um dia, pra sempre. E o que importa você sabe, menina. É o quão isso te faz sorrir. E só." Anônimo

"Precisava fazer uma escolha, e me escolhi." Anônimo

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo e esquecer os caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia; e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado para sempre à margem de nós mesmos...". Fernando Pessoa

"Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão.
No fundo, isso não tem importância.
O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos.
Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, 
em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado...". William Shakespeare


"Sou apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer." Clarice Lispector

"Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho... o de mais nada fazer." Clarice Lispector

"Uma coisa que eu aprendi na vida: Deus não te tira as coisas, Ele te livra delas." Anônimo

‎"E nessa de cuidar, vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais." Caio Fernando Abreu

"Todos os dias o ciclo se repete, às vezes com mais rapidez, outras mais lentamente. E eu me pergunto se viver não será essa espécie de ciranda de sentimentos que se sucedem e se sucedem e deixam sempre sede no fim." Caio Fernando Abreu


"Eu gosto de quem facilita as coisas. De quem aponta caminhos ao invés de propor emboscadas. Eu sou feliz ao lado de pessoas que vivem sem códigos, que estão disponíveis sem exigir que você decifre nada. O que me faz feliz é leve e, mesmo que o tempo leve, continua dentro de mim. Eu quero andar de mãos dadas com quem sabe que entrelaçar os dedos é mais do que um simples ato que mantém mãos unidas. É uma forma de trocar energia, de dizer: você não se enganou, eu estou aqui. Porque por mais que os obstáculos nos desafiem, o que realmente permanece costuma vir de quem não tem medo de ficar." Anônimo

"Cuidado com os olhares de quem não sabe lhe amar... eles costumam lhe fazer esquecer que você vale a pena." Pe. Fábio

"Sou cheia de manias. Tenho carências insolúveis. Sou teimosa. Hipocondríaca. Raivosa, quando sinto-me atacada. Não como cebola. Só ando no banco da frente dos carros. Mas não imponho a minha pessoa a ninguém. Não imploro afeto. Não sou indiscreta nas minhas relações. Tenho poucos amigos, porque acho mais inteligente ser seletivo a respeito daqueles que você escolhe para contar os seus segredos. Então, se sou chata, não incomodo ninguém que não queira ser incomodado. Chateio só aqueles que não me acham uma chata, por isso me querem ao seu lado. Acho sim, que, às vezes, dou trabalho. Mas é como ter um Rolls Royce: se você não quiser ter que pagar o preço da manutenção, mude para um Passat." Fernanda Young

"Tenho sentido necessidades do novo, não importa o quê, mais que seja novo, nem que sejam os problemas. Preciso deixar a casa vazia para receber a nova mobília. Fazer a faxina da mente, da alma, do corpo e do coração. Demolir as ruínas e construir qualquer coisa nova, quem sabe um castelo." Caio Fernando Abreu

"Odeio quando as coisas terminam antes de começar. Odeio coisas pela metade. Ou quer, ou não quer. Vem que te cuido. Toma jeito ou sai pra lá." Anônimo

"Porque é preciso coragem para se arriscar num futuro incerto.
Não posso esperar. Tenho tudo pronto dentro de mim e uma alma que só sabe viver presentes.
Sem esperas, sem amarras, sem receios,
sem cobertas, sem sentido, sem passados.
É preciso que você venha nesse exato momento.
Abandone os antes. Chame do que quiser. Mas venha.
Quero dividir meus erros, loucuras, beijos, chocolates...
Apague minhas interrogações.
Por que estamos tão perto e tão longe?
Quero acabar com as leis da física,
dois corpos ocuparem o mesmo lugar!
Não nego. Tenho um grande medo de ser sozinha.
Não sou pedaço. Mas não me basto."
Caio Fernando Abreu

"Gaste seu amor. Usufrua-o até o fim. Enfrente os bons e os maus momentos, passe por tudo que tiver que passar, não se economize. Sinta todos os sabores que o amor tem, desde o adocicado do início até o amargo do fim, mas não saia da história na metade. Amores precisam dar a volta ao redor de si mesmos, fechando o próprio ciclo. Isso é que libera a gente para ser feliz de novo." Anônimo

"Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo." Martha Medeiros

‎"Se não for hoje, um dia será. Algumas coisas, por mais impossíveis e malucas que pareçam, a gente sabe, bem no fundo, que foram feitas pra um dia dar certo." Caio Fernando Abreu

Todos os trechos foram recolhidos da página Pratique o Desapego no facebook. Vale o clique.

There's enough room for all of you in me

É urgente esclarecer, antes de mais nada, que, longe de ser uma apologia à canalhice, isto é apenas um lampejo inocente de lucidez em muitos corações partidos desde que o mundo é mundo.

Por que temos que escolher amar no singular, um só, a um só tempo? Por que, quando somos todos tão plurais, tão singelamente ricos em detalhes, inundados de particularidades que nos tornam únicos? Por que não podemos reunir o melhor de cada pessoa que passa por nossas vidas e deixa rastros consideráveis? Será que não dá pra fazer um apanhado, um mexidão mesmo, de todos e levar para a vida afora? Abrir a geladeira do coração e pegar, corriqueiramente: um quilo de atitude de um, uma pitada de malandragem de outro, um litro de sensibilidade de outro, um salpicar de barba de outro, uma tonelada de identificação sentimental de outro, um jorrar de conversa fluida, fácil e deliciosa de outro, uma chaleira de coração quente de outro, uma colher de chá de atenção de outro, um fumegar de olhos brilhantes de outro, uma panela de paixão de outro, umas faíscas de química fervente de outro, um refogado de personalidade de outro, uma forma untada de segurança de outro, um tempero de morenice de outro, porções de lembranças de outro e xícaras e xícaras de maturidade de outro. Pronto, será que é pedir muito?

Wednesday, July 27, 2011

A droga do amor

Foto feliz, pra fazer companhia pra noite feliz, pra surpresa feliz, pra vida feliz, pro dia feliz, pra tudo feliz. A Norah no CD no repeat mode, sem parar. Um farmacêutico no balcão de uma farmácia de bairro. Adorável. Uma webcam intocada, desperdiçada, esquecida, até hoje. Encurtando distâncias num piscar de olhos, num clicar de links. Uma madrugada linda, com o coração quente. Você sumiu! Eu tava estudando. É, mas não pode esquecer da gente, né. Uma alma sem-vergonha. Sem vergonha nenhuma, de mostrar, de demonstrar, de encantar. Lindo! Você me surpreendeu, mesmo. Quando eu esperaria só mais um xavequeiro qualquer, você é educado, atencioso, carinhoso, sensível, romântico... na medida. Meu tipo, meu número. Você viu aquelas fotos? Sim. Ah, não era pra você ver! Que pena, não vou estar aqui no seu aniversário. Ah, mas a gente vai se ver antes disso. Beijos no ar. Uma conversa de 5 horas ininterruptas - mesmo -, há tempos que não fazia isso. Que alguém não me fazia sentir assim. A nossa palavra rola muito fácil, flui demais. Simples. Eu sei, é você que eu procuro! Me joguei, sem sequer hesitar... de cabeça, pé-de-pato, snorkel e tudo o mais. Menos tanque de oxigênio, senão perde a graça, tem que ter uma faltazinha de ar de vez em quando.

Minha nossa, cuidado, ele tá desesperado! Se ele tá desesperado, então eu também devo estar. Se vai dar certo mesmo ou não eu não sei, mas só de sentir tudo isso de novo já vale a pena.

Eu pretendo, eu posso, eu quero... são promessas, eu sei. Mas o que nessa vida não é?

Monday, July 25, 2011

Pueril melodia

Desenhos ilustrando os vazios da minha imaginação, livros enfeitando a estante da minha alma, filmes fazendo companhia pra minha solidão. Citações, trechos, frases, palavras. Ecoando em meus ouvidos. Roteiros. A minha boca quer falar... mas não consegue. É um balbuciar quase que infantil, até. É como o badalar de um sino, um tic-tac ritmado e impaciente que não perdoa ninguém. O relógio me lembrando que o tempo está correndo e não pára. Amigos me surpreendendo com demonstrações de carinho e preocupação, se tornando cada vez mais próximos e essenciais. Outros nem tanto. Mas a vida é assim... ao mesmo tempo terna e hostil. As pessoas se vão, as marcas ficam.

[...]

Meu Deus, por que as pessoas são assim? Somos patéticos, é o que somos. Todos. Quando não temos vontade de mandar tudo pelos ares, ficamos numa sentimentalidade emotiva barata. É tudo tão frágil que a melancolia me abalroa impiedosamente, como um ônibus lotado, me atinge em cheio. E eu me sinto jorrando pérolas sem ninguém para acolhê-las, aninhá-las em seu peito. Eu sinto falta de pessoas assim, sabe? Pessoas que eu não conheci e talvez nunca conheça, mas que me fazem uma falta quase que materna. Fica o gosto de uma ausência órfã. E um cheiro amargo de mato infecundado, ao invés de plantação.

[...]

Às vezes fico pensando sobre o porquê de tantas coisas, tantas dúvidas. Por que os garotos interessantes desta vida parecem caprichosamente não me encontrar? E, pior, por que não me reconhecem quando me encontram? Por que cinema ainda não é matéria obrigatória nas escolas? Por que não põem molho de tomate em tudo, absolutamente tudo? Por que o amor é tão filho-da-puta assim com a gente? Por que eu não consigo mais estudar, de jeito nenhum? Será que já cheguei a esse ponto de exaustão com a vida? Por que ainda não inventaram sementes de consolo? Pra que a gente possa colher um confortozinho de vez em quando, por quê? Por que não caem chuvas de morango, para avermelhar as nossas tardes? Por que um tempo que passa tão depressa assim parece se arrastar tanto?

[...]

Tô aprendendo a me conhecer de novo, a me acostumar comigo.

Thursday, July 21, 2011

E continuo torcendo inveteradamente pela sua volta...

Bom, vou ser sincera, te desejar "parabéns" é pouco pra dizer... muito pouco. Porque você já sabe o quanto eu te admiro e que você é mais do que especial pra mim... mas é sempre bom registrar, né. E, bom, também não adianta chover no molhado e dizer o quanto estou com saudades de você... mas, enfim, estou com saudades. Muitas!!!!!!

À jovem lembrança de um não tão distante aniversário. Desde aquele dia, das mensagens por telefone e pelo vidro do bar... até onde o mundo nos levar.

Monday, July 18, 2011

Post celebrativo

Segunda-feira maligna, em todos os sentidos. Evil. Faltavam forças até pra xingar/matar alguém. Pode? Pode. Um pote cheio de amargura pra dar, vender, facilitar, financiar, derramar, transbordar, lambuzar e o que mais a imaginação conceber. Em casa e sem ter pra onde correr. Vítima das circunstâncias. Pior sensação eeeeever. Fraqueza - não só física. Se fosse na rua, pelo menos, ainda tinha a desculpa de enrolar, atrasar, dar uma volta. Deixar o mundo lá fora me distrair um pouco. Mas não. Sei lá que raio de céu/conjunção astral/fase da Lua/constelação que deu hoje... mas que fodeu com tudo, isso fodeu! Ah, puta mundo cão, de mal com a vida, tá tudo errado. Sabe quando *tudo* resolve desabar em cima de você sem prévio aviso? Cai todo o peso do universo na cabeça, numa pancada só, de uma só vez. Aí, junta: nossa cabeça + segunda-feira = coisa do demônio! Dormir pra esquecer, parece a única e alentadora solução. Aliás, dormir só não, hibernar mesmo. Caramba, até meus 'eba' e 'eee' tão diminuindo de intensidade... devo me preocupar? Deve. "27" já não tão "burning" assim, né? Tá mais pra cinzas já. Nossa, rodar de carro sozinha e sem rumo pela cidade agora até que ia bem. Sai comigo da próxima, tá? Senão eu morro. Botei o som no talo e fui cantando junto. Só faltou meu carro ser conversível e eu estar com um lenço amarrado na cabeça. Cena de cinema. Ah, mas ele gosta de gente louca. Ufa, isso me tranquiliza. Anyway, 27 it is and I don't fucking care! É que, no estado de nervos que eu tô, até a minha ansiedade-monstra tá potencializada. Meu, tô com medo de mim, sabia? Aiiiii... quero mais é que tudo se exploda, sabe? Tô com uma vontade louca de que 2012 chegue logo! Alugar uma cobertura pra assistir o fim do mundo de camarote. Num desses lugares paradisíacos de dia e demoníacos de noite. Vegas-style. Aí, se a gente morrer, morre bem morrido mesmo. Chovendo infortúnios loucamente! Homens, me respondam, pra que ficar cheio de viadagem pra depois tomar chá-de-sumiço? Depois reclamam de mulher grudenta... ah, vá! Não sei por que é tão complicado pra vocês serem sinceros. Não é pra namorar, noivar e casar, porra! Eu nem fico cobrando nada, mas caralho, dá pra se comunicar mais, por favor? Afinal, ainda somos estranhos um ao outro, mas só franqueza já basta. Só que franqueza takes cojones. E o mundo tá inundado de caras que não os têm. Então, vou ser bem franca: preferimos que o cara seja um cuzão mas aja coerentemente como tal do que esses babacas em pele de cordeiro. Puta insegurança da porra, é o que é. É a mesma coisa que aqueles caras que querem uma santa do lado, uma mulher que não expresse os seus desejos e que não possa ser livre, espontânea e natural. E depois vão procurar na rua o que não têm em casa. A revolução sexual fucked with their heads muito mais do que com a das mulheres. Tem muito cara com a cabeça fodida nesse sentido, que acha feio, sei lá. Puta na cama, santa na rua? Nem pensar! E, sem falso moralismo, mais ainda: nós nem temos que ser vistas como putas por isso. É uma questão de amadurecimento, de liberdade, de autoestima e até de amor próprio. Esse negócio de puta tá na cabeça deles, não na nossa. Puta mentalidade arcaica, isso sim. Como diria Padre Quevedo: ISZTO NON ECZISTE! Ah, a gente merece mais. Anos-luz mais! É por isso que eu digo: mulher é muito mais foda, em todos os sentidos!!!! A gente se doa de cara, sem ver coração; dá a cara a tapa, pra depois sofrer que nem uma condenada por quem nem merece; se joga com tudo, só com a roupa do corpo - e, às vezes, nem isso. Por isso tudo e mais, homem tem que ser mais feminista que a gente, como diz o meu pai. Novo rumo de carreira: projeto palestras e workshops em andamento. Interessados, favor entrarem em contato. Vamos começar um movimento, mulheres, igual começo de partido político, sabe? Na garagem de casa, na quadra da escola, na banquinha vendendo limonada. Esses caras têm que evoluir e rápido... e parar de nos decepcionar! Logo. Meu padrão se manifestando de novo. Tô louca... sou louca... e não tem conserto. Mas pelo menos me libertei daquela doideira de achar que podia dar certo. Porque, em se tratando dele, nunca diga nunca! Minas Gerais, terra de passatempos e pãezinhos de queijo. Filosofia que sempre vem a calhar: ah, foda-se, melhor acabar logo com isso. E nada de se deixar levar por tão pouco por esse tipo de cara e já ficar toda sofrendinho... não dá, chega! Nova fase: guy-free. Tudo acontece por um motivo, eu só quero entender qual é. Keep on rocking, alive and kicking. Again! 27... still and forever burning.

Em homenagem ao *amuleto* que literalmente encarnou a minha terapia hoje.

Love & Hate

Como eu *odeio* quando o mundo exige mais do meu corpo do que do meu espírito. Brains, spirit, wisdom, insight, accuracy, wit and whatever like that I can handle. Mas não me venha com essa ignorância física grotesca... que me dá um ódio dos mais agudos.

Sunday, July 17, 2011

Nothing beats the "F" word

Alright, let's see: your mom fucked you; growing up fucked you; the fucking system fucked you; basically all that you've known till today fucked you; love fucked hard with your head; your fucked-up friends fucked you; your scumbag ex fucked you; weed definitely fucked you; in short, life as we know it fucked you.

Ok, I get it... and you're a fucking bastard because of that.

No need to explain it to me again. Never-fucking-ever again.

Friday, July 15, 2011

Nômade

De vez em quando, uma vezinha aqui e outra acolá, a vida te surpreende. Te pega de jeito mesmo. Te surpreende com acontecimentos, com circunstâncias, com atitudes, com coisas e, quem diria, até com pessoas. Contato inusitado, justificativa não requisitada, conversa descompromissada, lembrança singela, convite inesperado. Parece, mesmo, que é só relaxar que acontece. Igual brinquedo na mão de criança mimada, sabe? Enquanto a ansiedade tá pulsando, latejando e embaralhando tudo, esquece, não rola. O lance é justamente te pegar desprevenido. O cochilo é que é a condição! Aí as joaninhas aparecem enquanto você dorme no gramado, as borboletas são atraídas para o jardim bem cultivado, as bolhas de sabão vêm, todas juntas e de uma vez só, colorir lindamente uma tarde cinza e seca. Pipoca uma atenção aqui, um pedido ali, uma pontinha de ciúme ali adiante, uma aproximação acolá e acabou. A névoa, como veio, passa. E amizades começam.*
*: This is how I saw it.

UPDATE: If I had seen it with *your* eyes, it would be more like this:

Be friends? Hmmm, yeah, right... ok. You're a bitch, but I guess we can be friends anyway.

Tuesday, July 12, 2011

Fechadura destrancada

Enfim, livre. Criei coragem dos meus medos e angústias e me despedi daquela que não era eu. Daquela que, invasiva como uma pílula, estava se enfiando goela abaixo em mim e tomando conta dos meus atos e dos meus pensamentos estômago adentro. Daquela que, desprezível como um vício, farejava sorrateiramente à procura de frestas na minha pele para penetrá-la e dominá-la sem qualquer pudor. Daquela que, atordoada demais para se controlar, movia-se furtivamente na calada da noite sussurrando em meus ouvidos absurdos indizíveis. Daquela que, oportunista como um inimigo à espreita, estava se esgueirando pelas beiradas do meu ser e aos poucos conquistando esse vasto mas vulnerável território.

E como é bom se desamarrar... soltar as amarras, abrir as algemas, cortar os laços. Ah, é libertador! Ver-se livre de atitudes e de comportamentos que já estavam se tornando um padrão. Pior, um padrão que não é seu, que em nada se parece com você, com a sua essência. É inspirador, é delicioso, é inebriante. À vontade e desenfreadamente inebriante.

Ah, espero ser arrebatada assim muitas vezes ainda na vida.

Monday, July 11, 2011

Da série "grandes verdades universais"...

Uma homenagem ao infame brilhantismo de um anônimo que chegou ao meu conhecimento por meio do meu mais ilustre e querido leitor:

"Relacionamento é baseado em duas coisas: beleza e paciência.
Se der certo, beleza!
Se não der, paciência...".

Algumas das maiores verdades são exatamente assim, plane and simple.

Sunday, July 10, 2011

Time to reboot

Ótimo, um final de semana cheio de distrações e amenidades era tudo o que eu precisava para desanuviar o espírito, me desembaraçar, me desenredar, me desimpregnar de você. Credo, até meu perfume preferido me incomodou ontem, tive que tomar outro banho pra conseguir dormir. Um problema de essência, mesmo, de identidade. De dentro. Nesses casos, nada como água pra lavar a alma. Limpa até os pensamentos. Desata os nós, e eu tenho muitos. Shiatsu puro. Plexos e chakras desobstruídos, chi fluindo, energia restaurada. De madrugada, o toque final: tomei uma aspirina e me livrei once and for all da minha dor de cabeça - vulgo: você.

Agora sim, padrão quebrado... pode vir o próximo, eu aguento.

Saturday, July 09, 2011

Modus operandi

Síndrome de cachorrinho atrás do dono. Eu gosto tanto de mim mesma quando tô sozinha, sabe? Tanto, mesmo. Entro num modus operandi absurdamente delicioso de não precisar, de aproveitar, de fazer o que eu quero, de sair sem rumo, de não dever satisfação, de não ter que me dividir. De ser eu mesma, e só. E, principalmente, de gostar - muito! - de tudo isso. Mas aí o inevitável acontece, em algum lugar no meio das minhas andanças: eu conheço alguém. E nem precisa ser alguém muito incrível, muito indispensável não. Basta exalar feromônios na minha direção, ser minimamente misterioso e possuir alguns neurônios. Pronto. Estou perdida, vai tudo pelo ralo. Sublimação. Porque eu não sei what the hell acontece aqui dentro, só que o meu *modo* muda. Tudo à minha volta passa a querer por querer me convencer de todo e qualquer jeito de que aquele cara, aquele ser, é tudo o que eu preciso e procurava na vida. Quando, na cruel e esmagadora maioria das vezes, não é. Em muitas delas, sequer é alguém com quem eu consideraria sair pra tomar um café na padaria. No offense. Sabe aquela coisa, "I put a spell on you"? Então. Preciso de uma vacina, de um antídoto, de uma capa protetora.

Erase and rewind... 'cause I've been changing my mind. I've changed my mind...

"Give me a reason to love you
Give me reason to be a woman
I just wanna be... a woman."
[Portishead, um perigo.]

Thursday, July 07, 2011

Crua

A minha pele é crua; a tua pele é rude. A minha pele é doce, livre, macia. Uma colcha. A tua pele é salgada, pesada, rígida... e parece carregar o peso de uma vida nas costas. Uma carcaça. Chega a ser ofensivo, insuportavelmente paradoxal, que opostos tão diametralmente opostos tenham alguma vez sequer se atraído. Mas que ninguém duvide da noite. Ela nos prega peças... por diversão.

"Há sempre um lado que pesa e outro lado que flutua
A tua pele é crua, é crua...
Dificilmente se arranca a lembrança, lembrança, lembrança, lembrança...
Por isso da primeira vez dói, por isso não se esqueça: dói
E ter que acreditar num caso sério e na melancolia que dizia
Mas naquela noite que eu chamei você fodia, fodia
Mas naquela noite que eu chamei você fodia de noite e de dia."
[Otto, "Crua".]

Fogo, tudo que me tem vindo à cabeça ultimamente é fogo. Tem isso no nome, tem isso na pele. Deve ser da idade. I set fire to the rain, watched it pour as I touched your face... let it burn while I cry. Your words say split, but your words they lie... 'cause when we kiss, fire. And burn like fire, burn like fire in Cairo. Hot as a fever, rattling bones. I could just taste it, taste it... if it's not forever, if it's just tonight. You... your sex is on fire. Love is a burning thing... and it makes a fiery ring. Bound by wild desire, I fell into a ring of fire. I went down, down, down... and the flames went higher. And it burns, burns, burns... the ring of fire, the ring of fire.

Mas não, querido, de você não levo mágoas. Vou levar apenas os aprendizados, o crescimento, a melhora. Dar vazão à loucura ocasional que existe em mim. A descoberta de novas perspectivas, de novos pontos de vista. Que talvez eu até tivesse tido vontade de experimentar no passado, ou ainda tenha no futuro, mas que só vêm reiterar ainda mais as minhas crenças. Pode ser caretice minha, pode não ser; pode ser malandragem sua, pode não ser; pode ser sinal de inteligência... de ambos. Ou pode não ser.

"Não precisa correr tanto, o que é seu às suas mãos lhe há de vir."
[Machado de Assis, intocável, em Dom Casmurro.]

Wednesday, July 06, 2011

"Aguenta aí que tem coisa melhor nesse mundo!"

Sei que você falou tudo aquilo no calor do momento. E sei que pode ter dito metade das coisas só da boca pra fora. And this is me being optimistic... quando digo 'metade'. Homem é foda, fica fazendo altos elogios e tal. E mulher é muito trouxa e se ilude muito fácil, acredita logo em tudo. Mas eu escolho no que acreditar. As ilusões eu passo, os elogios eu guardo. Não quero nem saber, esses eu levo a sério mesmo! Não é porque foram ditos numa hora dessas, em que a sinceridade é tudo o que vocês, homens, têm, que não seja verdade. Certeza, nesse dia eu tive certeza. Não tem futuro nenhum, nenhum. 'Interessância' infelizmente não é o suficiente. Se for pra ser assim, melhor nem começar. Poupa tempo e saco meu e seu. Não me arrependo, a gente tá aí na vida é pra isso mesmo, né? Fazer besteira e se divertir. Uma puta música tocando lá, eu te procurei, dei o braço a torcer e fui até você, você me viu e não fez nada. Nada. Poucas coisas são tão imperdoáveis quanto isso: falta de atitude. Ia saindo sem nem falar comigo, ainda por cima... melhor que nem tivesse ido, então. Sei lá, até que foi legal, principalmente a sua fofura inesperada, mas não quero me prender a ninguém agora... muito menos a quem não demonstra que não pode viver sem mim. Nem que seja durante uma música bonita.

Broken-hearted? Sou mesmo, confesso. Em tempo - quase - integral. Sofrimento is underrated. E tudo que pode vir de mais lindo de alguém aflora exatamente nesses momentos... canções, cartas, sensações, pensamentos, declarações. Tudo. Então, se eu precisar de ajuda, me segure! Eu grito. No more despair-mode.

Que fase! Eu falo que tenho 27 e *ninguém* acredita. É o máximo. Me sinto a Costanza Pascolato, conservadona e absolutamente divina. Ela dizia que mulher não tem que mentir a idade, tem mais é que falar a idade verdadeira mesmo, pra todo mundo te achar ainda mais inteiraça. Apóio!

Look sessentinha in progress... Adele inspired. Quero sair assim um dia desses. Delineadorzão, ciliões e cabelo grande, lindona. Verdade, existe a possibilidade. Sempre existe a possibilidade.

And I ain't lost, just wandering...

"As coisas mais belas não têm nome."
[Contribuição ilustre de um anônimo, citando um poeta qualquer.]

Soulfulness

This definitely deserves a dedicated post...

"I let it fall, my heart
And as it fell, you rose to claim it
It was dark and I was over
Until you kissed my lips and you saved me

My hands, they're stong
But my knees were far too weak
To stand in your arms
Without falling to your feet

But there's a side to you that I never knew, never knew
All the things you'd say, they were never true, never true
And the games you play, you would always win, always win

But I set fire to the rain
Watched it pour as I touched your face
Let it burn while I cry
'Cause I heard it screaming out your name, your name

When laying with you
I could stay there, close my eyes
Feel you here, forever
You and me together, nothing is better

'Cause there's a side to you that I never knew, never knew
All the things you'd say, they were never true, never true
And the games you'd play, you would always win, always win

But I set fire to the rain
Watched it pour as I touched your face
Let it burn while I cried
'Cause I heard it screaming out your name, your name

I set fire to the rain
And I threw us into the flames
Where I felt somethin' die, 'cause I knew that
That was the last time, the last time

Sometimes I wake up by the door
Now that you've gone, must be waiting for you
Even now when it's alredy over
I can't help myself from looking for you

I set fire to the rain
Watched it pour as I touched your face
Let it burn while I cried
'Cause I heard it screaming out your name, your name

I set fire to the rain
And I threw us into the flames
Where I felt somethin' die
'Cause I knew that that was the last time, the last time, oh

Oh, no
Let it burn, oh
Let it burn
Let it burn..."
[Adele, simply outstanding.]

Tuesday, July 05, 2011

Hoje

Hoje eu quero ler. Ler todos os livros que estavam há tanto tempo à minha espera, ansiando por mim em silêncio, em segredo. Ler, mas ainda assim "economizar" na leitura - mas não no prazer - pra que não acabem logo, porque quando a gente ama alguma coisa, a gente quer amar latejantemente mas quer também que esse amor dure o máximo possível.

Hoje eu quero ver filmes. Assistir todos os filmes que já estavam no meu subconsciente, que já me faziam sonhar com imagens e com formas e com roteiros, que já há muito habitavam o deserto do meu coração, mesmo sem o meu conhecimento. Sem a minha autorização. Mesmo assim, teimosos, eles insistiam em continuar pulsando.

Hoje eu quero fazer exercícios. Me sentir viva e forte e capaz, sem precisar de ninguém pra isso. Sentir arrepios na pele a cada novo movimento, a cada nova possibilidade, a cada pedaço contraído e distendido, a cada quilômetro alcançado. Força, músculos e flexibilidade me surpreendendo e me fascinando, sempre. Correr pra longe de tudo e de todos pra depois voltar, linda, à minha vida, ao meu corpo.

Hoje eu quero ser... minha.

Sunday, July 03, 2011

Do escuro ao claro

Uma noite improvável. Você foi sagaz! Uma espera. Um desencontro. "Georgia on my mind" tocando randomicamente. Uma camiseta verde. Um corredor. O inesperado também não esquece de acontecer. Um deserto de distância. Muitas conversas em um colchão improvisado. Um gato que mais parece cachorro. Ciumento. Um avental florido e uma meia-calça furada. Agora só fico em casa de domingo e de segunda. Te truquei agora, né? Você deve ter pego de mim. O terror do maternal. Muita coisa acontece em 3 anos. Pareceu mais pressa do que grosseria. Eu não vou morrer, amanhã tem mais. Eu confio em gostos alimentares semelhantes como cupido. Território perigoso. É a Heineken falando. Um convite, uma vontade, uma trucada. Você devia era ter rasgado Deus e o mundo! *Rasgarei. Ataque Discovery Channel. Como você sobreviveu à faculdade? A dúvida existencial do sofá. O lance é a transgressão. Um nascer do sol no seu telhado. Você e a lavação de louça. Barba, cílios e sobrancelhas. Mãos. Se não tocasse "Ive Brussel", alguma coisa estaria errada. Uma gripe. Ou duas? Entendi, ao acaso. Não, a gente inventa alguma coisa se necessário, nem que seja uma ida ao mercado. Uma fresta na porta. Uma fronteira no meio da cortina. Nossos genes deixariam a Angelina no chinelo. "Won't you dance with me?" Irresistível. Você se cobre demais, mulher. Uma lavadora de roupas. Pô, isso é fácil fácil de arrumar. Uma coisa tântrica. Pedaços de bolo e um copo de suco. As suas curvas me seduzindo. Cafunés e preocupações. Você devia ser modelo de... Fica até as 2h, fica o dia inteiro, esquece esse celular. Volume certo. Você tava cochilando tão bonitinha. Você olhando pra mim do carro... sem parar. Uma esquina. A perfeição no formato, no tamanho e na proporção. Chega, dorme, dorme. E isso porque eu virei pra trás umas 4 vezes pra te gravar na minha memória. Ah, se eu fosse o seu estagiário. Vários adjetivos. E o assédio? Um vírus incubado e duas contaminações. Mas você vale bem uns roxos.

27 and burning!

Idade nova, flamejante, cabalística, selvagem, inebriante, não tem como ficar imune. Mitos do rock: Jimi, Janis, Jim, Kurt, Brian e tantos outros... a maldição dos 27! Só sei que tô adorando.

Friday, July 01, 2011

Perdendo o bonde

Homem que se acha o malandrão mas dorme no ponto é triste. Puta propaganda enganosa.

Em compensação, um brinde aos perspicazes, sagazes e rápidos no gatilho mundo afora!!!! Ainda bem que vocês existem. Há esperança!