Tuesday, April 27, 2010

Querido inquilino:

Labirintos. Chaves. Prisões, doces prisões. Corações iluminados. Pronomes possessivos. Quatro cantos, dois braços abertos, um par de olhos esperançosos, uma boca em silêncio e sede, muita sede. Ou seriam quatro braços? Entrelaçados. Trancafiados, juntos. Caminhando uns de encontro aos outros. Peles se tocando. Pessoas vivendo. Lugares existindo. Sons ecoando, palavras sussurrando e sonhos florescendo...

E nunca vou me esquecer de como eu me senti quando ouvi jazz pela primeira vez.

I'm madly in love with everything that makes me feel my life will never be the same again. And that goes to movies, music, books, food, places, moments and people.

[Em homenagem ao seu "lá" e ao meu "aqui".]

Sunday, April 04, 2010

Saudade verborrágica

Desculpe se isso soa meio repetitivo, mas aqui estou eu, de novo, à sua porta. Paciente se apresentando, novamente, no divã. Desarmada, aberta, nova. Como uma criança que aprendeu a lição. E está pronta para outra "arte". Sabe como é? Página em branco. Não apagada, apenas começando um novo capítulo.

Tô daquele jeito, assim: nadando contra a corrente, lutando contra o tempo, a ansiedade no último, a cabeça a mil, as pernas correndo, os sonhos mais vivos do que nunca, os pensamentos brotando no escuro, as palavras verborragicamente saltando pela boca, o coração apertado, a paciência meio curta, as emoções à flor da pele...

Estou... viva.

"Ando tão à flor da pele
Que qualquer beijo de novela me faz chorar
Ando tão à flor da pele
Que teu olhar 'flor na janela' me faz morrer
Ando tão à flor da pele
Que meu desejo se confunde com a vontade de não ser
Ando tão à flor da pele
Que a minha pele tem o fogo do juízo final."
[Zeca, sempre Zeca.]