Tuesday, August 23, 2011

Algumas doloridas verdades

Pessoas. Tão amadas, tão detestadas. No geral, eu sou meio anti-social, esse é o meu normal. Odeio qualquer contato por princípio, me envergonho, a sem-graceza toma conta, evito, corro, fujo, atravesso a rua, fecho os olhos, bato os sapatinhos e pago pra não encontrar. Com as pessoas comuns, eu digo, os meros conhecidos. Sim, porque tem aquelas pessoas que... ah, aquelas! Aquelas poucas e boas que salvam o dia, que te botam um sorriso no rosto, que colorem o céu, que fazem tudo valer a pena, mesmo o maior dos suplícios.

E eis que aí, quando menos se espera, vem o facebook, o twitter e toda essa penca de redes sociais que um dia vão dominar o mundo e interferem na nossa consciência, na nossa maneira de agir e de pensar e nos mudam!!!! Não sei, mas de vez em quando, bem de vez em quando mesmo, vem chegando aquela sensação familiar que aos poucos vai ganhando espaço e se fazendo cada vez mais presente... e me dá um surto de autoestima e de amor próprio que eu me sinto na obrigação de manifestar - eu sei, também odeio isso. Nos outros, mais ainda! E não, não quero virar mais uma daquelas chatas internéticas que não podem ficar um singelo minuto sem proliferar aos quatro ventos o que fizeram - de proveitoso ou, na esmagadora maioria das vezes, não - no dia. Enfim, entendo - e concordo! - com a chatice disso tudo. Mil vezes concordo. Mas ah, me desculpa, deixa eu me amar publicamente um pouquinho, deixa eu me mostrar um pouco para o mundo também... eu, que sempre tento e faço de tudo pra me manter o mais discretamente possível longe disso tudo; e esse mundo, que tão lindamente só me encanta e traz pra fora o que há de melhor em mim. E, se a minha felicidade te incomoda, se ela de algum jeito involuntariamente te afeta, só posso lamentar, não é a minha intenção. Mas ainda bem que ainda tem gente que se regozija com ela.

Como dizia a minha avózinha querida: "eu sou de quem me quer".

Friday, August 19, 2011

Calor na pele

Em homenagem aos verões, aos sóis, às peles deliciosamente bronzeadas, às mulheres poderosas que se bastam... e aos dias e às tardes em que nada mais importa além da previsão do tempo.

"(...) Posso te garantir que o verão solitário me deixou mais mulher, mais leve e mais bronzeada e que, depois de sofrer muito querendo uma pessoa perfeita e uma vida de cinema, eu só quero ser feliz de um jeito simples. Hoje o céu ficou bem nublado, mas depois abriu o maior sol."
[Tati Bernardi, sempre ela.]

Friday, August 12, 2011

Coisa linda

"Almost blue
Almost doing things we used to do
There's a girl here and she's almost you
Almost all the things that you promised with your eyes
I see in hers too
Now your eyes are red from crying
Almost blue
Flirting with this disaster became me
It named me as the fool who only aimed to be
Almost blue
Almost touching it will almost do
There's a part of me that's always true... always
All the things that you promised with your eyes
I see in hers too
Now your eyes are red from crying
Almost you... almost me... almost blue."
[Chet Baker, tem que ser com Chet Baker!]

Nada é mais feromonicamente arrepiante ou arrebatadoramente romântico do que essa música tocando, meu Deus do céu. Nada.

Grude

Sai, me deixa! Me larga, me deixa, me erra. Que eu quero sair por aí. Que eu quero sair de mãos vazias, de mãos livres. Andar por aí sem rumo sentindo o vento na minha pele e o sol no meu rosto. Que eu quero comer brigadeiro e ouvir jazz e ler e viver e aproveitar o dia. Esse dia lindo que Deus me deu de presente e que tá só esperando que eu me perca nele todo. Não, não quero conversar. Não, não quero ficar a tarde inteira no msn com você. E pára de ficar me vigiando, mas que droga. Não posso postar nada, não posso comentar nada, não posso curtir nada que você já aparece me cobrando. Me cobrando uma coisa que *não* é sua, by the way. E, sorry, nem nunca será. O meu tempo é meu, e só meu pra ser. Se eu tô off, é porque eu tô off, porra! Wtf. Não tô disponível, desculpe a franqueza. Não quero falar com ninguém, não quero trocar mensagem com ninguém, não quero ficar com ninguém por perto. E 'ninguém', infelizmente, inclui você.

Não, eu quero ficar é comigo. Comigo e comigo only. Quero sentir essa melancolia inebriante que é saber-se só. Só... no mundo. Só no mundo. E me amar por isso, só por isso, mesmo assim. Finalmente recuperei essa minha sensação tão deliciosa, tão gostosa, tão sublime, tão... minha. Eu sou minha.

Então pára de me encher e vê se toma jeito pra essa vida. Acorda!!!!