Happy ending

Once upon a time, in a faraway land, there was a young princess who lived in a shining castle. Although she had so much love in her heart, the princess had not found the one to deserve it yet...

- Sorry to say, Prince Charming, but I'm in love with myself!

And the princess lived happily ever after.

Amor

Veja bem, isto não se trata nem de um orgulho e nem de um lamento... é apenas uma constatação. Não sei se fiz bem ou se fiz mal - frase que tem 'me perseguido' ultimamente... -, só sei que o fiz seguindo o meu coração.

E não, sinto dizer que não, não me afetou nem um pouco, não me comoveu nem um pouco, não me abalou nem um pouco... não me arrependi. Pelo contrário. Como que por mágica, invadiu-me um arrebatamento, um enlevo, um encanto...

... por mim mesma.

Humildes mortais...

Comprar uma bicicleta ou casar?
Trabalhar ou casar?
Viajar ou casar?
Eu nunca tive aquele sonho de casar...
Muito menos com aquelas festas enormes e sem sentido.
Não sou contra casamento, só não gosto dessa coisa machista de mulher querer casar desesperadamente, só por casar, seja com quem for, como se fosse uma questão de honra.
Prefiro querer achar alguém com quem eu talvez passe, um dia, a querer casar.

Viagens, isto sim é dinheiro bem gasto!

Eu sofro de enxaqueca.
Garota-enxaqueca...
Já até me acostumei com um constante peso latejante na testa ou nas têmporas.
E, mesmo quando eu durmo pouco, sobrevivo.
Mas, por incrível que pareça, quando eu durmo muito, acordo pior.

Me surpreendi muito comigo mesma recentemente.
Não só fisicamente, mas mental e emocionalmente.
Com a minha força e com o meu amor-próprio.
Eu sou a mulher-maravilha!

O que eu mais quero é ter filhos.
Muitos, se possível!
Biológicos e/ou adotivos.

Eu tenho fases egoístas...
Egoístas e egocêntricas.
Mas, pra ser sincera, acho até bem saudável de vez em quando.

O meu chuveiro é a minha terapia.
Não só por motivos higiênicos.
A limpeza é muito, muuuuuuuuito, mais profunda.
Com ele compartilho os meus pensamentos e as minhas angústias mais mortais.
E ele respeita a vulnerabilidade da minha solidão.
As idéias jorram limpidamente e eu saio de lá tão mais serena.

Eu tava com alguns problemas de saúde.
Mas a minha médica me liberou pra correr, viver e me divertir depois que viu meus exames.
Eu só preciso obedecê-la.

Maquiagem faz milagres!
Se todo mundo usasse, seria o fim dos psicólogos.

Não tenho conseguido estudar.
Simplesmente não tenho.
Não por falta de tempo, mas de motivação mesmo.
É maior do que eu...

Quero me matricular urgentemente numa aula de dança.
Gafieira!

E sou absolutamente apaixonada por moda.
Não ligo para marcas, peças caras ou jóias.
Só gosto de criatividade mesmo...
Tenho sonhos recorrentes com roupas, cores, tecidos e máquinas de costura.

Preciso comer mais banana e continuar bebendo bastante água e fazendo alongamento.
Odeio suar, mas amo correr.

Não gosto de salto alto.
Machuca meus pés.
Mas o que uma mulher não faz pela beleza?

Tenho tido insistentes crises de insônia.

Quero juntar dinheiro e comprar uma máquina fotográfica semi-profissional.
E ir pra lugares que mereçam ser fotografados.

Ando com muita vontade de usar vestidos.
Floridos, estampados, lisos, xadrezes, listrados.
Vestidos...

Odeio quando o telefone toca!
Brigo com o meu irmão pra ver quem atende.
Mas adoro fazer ligações...
Estranho, eu sei.

Eu tenho fome de arte!
De pinturas, esculturas, desenhos, cinema, música, design, dança...

Sou muito impulsiva e instintiva em relacionamentos.
Sempre mergulho de cabeça, sem sequer checar a profundidade.
Mas, mesmo nas vezes em que quebrei a cara, nunca me arrependi.

Chocolate é a minha perdição.
E também adoro sol.
Mas tenho evitado pelo bem da minha pele.
Cismei que quero ser uma daquelas mulheres chiques e elegantes com pele impecável aos 50 anos...

Acredito muito em horóscopos.
Muito.
Até demais!

Pago pra não sair de casa.
Pra não sair do meu pijama...
Acho que já faz mais de um ano que não bebo álcool!
Mas também pago o dobro pra ver meus amigos.

Eu choro muito.
Por tudo, por nada, de alegria, de tristeza, ao ver um filme bonito ou até um comercial de margarina na tv...
Já chorei por muitos idiotas.
Hoje, só choro por coisas que valem a pena.

Adoro ouvir música e dançar e cantar junto.
Principalmente ouvir rádio no carro...
Acho que tem aquela magia de tocar a música certa aleatoriamente.

Admito, sou viciada em sapatos e bolsas!
Mas botas são o meu ponto fraco.

Sempre me doei muito às minhas amizades e aos meus amores.
E espero tudo na mesma medida...

Tô sempre mudando, sempre aprendendo alguma coisa.
Mas tenho certeza de que algumas coisas nunca vão mudar.

In between

É, eu definitivamente tô num momento 'Floradas na minha casa mesmo', pra ser mais exata.

"O pretê terapia ocupacional

A vida, certas vezes, fica muito chata. Pode ser que você fique doente. Que precise fazer vistoria do carro. Ou qualquer uma dessas coisas da vida prática que eu não preciso descrever aqui porque vocês conhecem de cor. Vale só dizer que essa que escreve vive uma espécie de momento Floradas na Serra. De repouso. Em casa. O que você faz? Terapia Ocupacional, é claro. Ou T.O, que é como os profissionais de saúde se referem ao ato de colar flores, pintar e fazer qualquer outra coisa que ocupe a mente que, como se sabe, quando está vazia, é o território do capeta.

É aí que ele surge: o pretê Terapia Ocupacional. Você pensa em algum dos últimos caras que deram em cima de você (e sim, isso existe, claro) e começa usá-lo como se ele fosse um vaso de cerâmica que precisa ser pintado. Pensamos um pouquinho nele antes de dormir, mandamos um e-mail... Se estamos afins dele? Provavelmente não. Ou vocês acham que os velhinhos que passam tempos nos asilos pintando vasos estão realmente loucos de tesão por pintar aqueles trecos que serão entregues aos netos? Acho que não. E é por isso que eu acho que os velhos não devem ser largados em casas de repouso. Mas isso é outra história. Ou não. Porque no dia de hoje eu sou uma pessoa de repouso, que precisa de T.O e por isso se solidariza com todos os velhinhos de asilos do mundo.

A diferença é que no meu caso vai passar. Logo estarei desfilando faceira pela rua e pela minha vida normal (que depois de um momento Floradas na Serra você descobre que é ótima. Enquanto isso, pinto vasos. Ou melhor, penso no Pretê T.O. Logo não precisarei de Terapia Ocupacional. Espero que amanhã mesmo o doutor metafórico que me aplica essa terapia me dê alta. E eu estarei livre. Livre para ir atrás do meu desejo. Que vai muito além de pintar vasos de cerâmica. Garanto."

Por Nina Lemos, no blog 02 Neurônio.

Usar como lembretes astrais:

"Dance mais rápido ao ritmo da vida, canceriano! Mostre seu dom criativo, assuma que precisa ser amado, vá atrás do que precisa, não fique esperando ser acalentado hoje. Independência é algo que se tem que provar e hoje é seu dia de fazer isso e conquistar mais respeito. O amor o espera."

"O passado pede, por favor, que você o deixe ir. Solte, desista e deixe a vida continuar a andar para frente. Seu aprendizado neste momento é o desapego. Só assim o novo poderá entrar."

Fim de caso

E começo de vida.

Uma semana se passou e eu me sinto inteira de novo. Viva. Cicatrizada. Forte. Pronta pra sair correndo de novo atrás da chuva. Pronta pra tomar chuva, pegar resfriado, ficar doente... e sobreviver. Cheia de sonhos, de planos e de amor pra dar. Cheia de presente. Cheia de futuro. O meu futuro é meu. O meu coração é meu. Sempre foi, claro, mas é que a gente esquece. A gente esquece e inevitavelmente - será? ainda não me convenci... - se anula um pouco, muito, o suficiente. O suficiente pra gente se perder da gente mesmo. Mas agora eu sou minha. Minha e de mais ninguém. E quem me quiser vai ter que me aceitar assim. Vai ter que me querer mais por isso. Vai ter que ter orgulho de mim por isso. Justamente por isso.

Muitas confidências, né? É que quanto mais a gente fala e escreve, mais a gente acredita.