Thursday, May 31, 2012

Crise de Pânico

Que dia.

Sabe aquele dia em que tudo resolve acontecer? Acaba a luz no trabalho, você tem que subir 13 andares de escada, pifa o ar condicionado, volta a luz, cai a rede, acaba a bateria do celular, chega um caso urgente às 7 da noite... tudo. E, ao mesmo tempo, nada.

Nada que eu sinto aqui dentro. Nada que me invade, que me afoga. Que pulsa no meu peito sem razão, meio sem direção, sem saber por quê. É uma droga, tudo isso. Sinto e sei que sinto, tenho consciência disso, mas não sei por quem, pelo que, nem de onde veio. Sim, eu tô gostando de você, ou da ideia de você. Mas eu não deveria estar gostando mais de mim? Sei lá, eu tava tão bem, eu sempre fico tão bem, que quando acontece alguma coisa assim eu meio que perco o rumo. Perco o foco, parece que muda a perspectiva. E eu não gosto, não gosto nem um pouco. Fica um gosto amargo na boca.

Deve ser uma crise de pânico, só pode ser uma crise de pânico. Uma síndrome, um ataque, um distúrbio, um transtorno, uma crise. Ou algo que o valha, porque eu tô com um peso no peito e palpitações, parece que tem um elefante sentado em cima do meu peito, uma coisa doida. Que medo! Se infarto é isso, pode chamar a ambulância que de hoje eu não passo. Meu, tem um monte de gente que mora em favela e que pode ser despejada amanhã!!!!! Amanhã. Mulher, criança, velho. Eu fico muito preocupada com esses casos, não consigo não me envolver. "Mas você acha que nesse caso as famílias têm razão?" Não sei, mas, se é pra evitar um mal maior, primeiro a gente evita e depois a gente vê quem tem razão. Isso é justiça, pelo menos pra mim. E elevadores funcionando, também.

Tente relaxar... que tente relaxar que nada, sai fora! Sai fora que aqui o negócio é sério. Ou dá ou desce. Faz ou desocupa a moita. Assustabilidade. Que assustabilidade de merda essa sua. "Você me assusta cada dia mais". Ótimo, ainda bem que eu te assusto. Pior quem não se assusta com mais nada nessa vida. Eu me assusto pacas quando você escreve os seus "preguissa" e "ancioso". Porra! Só de escrever isso já me dá siricutico. Então vai ser assustado em outra freguesia, babaca! "Mas os homens têm medo de relacionamentos que avançam muito rápido". Ah, compra uma tartaruga então, que aí você morre e a coisa continua beeeeem devagarzinha. Quase parando. Quase morta. Quase viva.

Babaca, não perceberia que tirou a sorte grande nem se ela lhe abalroasse a testa no meio dos olhos.

Meu, vou escrever até sangrar hoje... tô jorrando, sério.

(...)

Tire suas mãos de mim, eu não pertenço a você.

Sim, eu dou mais importância pra coração e pra entrega do que pra desafinação.