Saturday, July 09, 2011

Modus operandi

Síndrome de cachorrinho atrás do dono. Eu gosto tanto de mim mesma quando tô sozinha, sabe? Tanto, mesmo. Entro num modus operandi absurdamente delicioso de não precisar, de aproveitar, de fazer o que eu quero, de sair sem rumo, de não dever satisfação, de não ter que me dividir. De ser eu mesma, e só. E, principalmente, de gostar - muito! - de tudo isso. Mas aí o inevitável acontece, em algum lugar no meio das minhas andanças: eu conheço alguém. E nem precisa ser alguém muito incrível, muito indispensável não. Basta exalar feromônios na minha direção, ser minimamente misterioso e possuir alguns neurônios. Pronto. Estou perdida, vai tudo pelo ralo. Sublimação. Porque eu não sei what the hell acontece aqui dentro, só que o meu *modo* muda. Tudo à minha volta passa a querer por querer me convencer de todo e qualquer jeito de que aquele cara, aquele ser, é tudo o que eu preciso e procurava na vida. Quando, na cruel e esmagadora maioria das vezes, não é. Em muitas delas, sequer é alguém com quem eu consideraria sair pra tomar um café na padaria. No offense. Sabe aquela coisa, "I put a spell on you"? Então. Preciso de uma vacina, de um antídoto, de uma capa protetora.

Erase and rewind... 'cause I've been changing my mind. I've changed my mind...

"Give me a reason to love you
Give me reason to be a woman
I just wanna be... a woman."
[Portishead, um perigo.]

2 comments:

Guta said...

Cara, não bota Portishead aí que fode tudo. Posso provar isso, tenho fatos verídicos.

uma louca said...

Hahahaha... too late. Ele quem pôs lá no dia. E concordo em gênero, número e grau!!!!