Wednesday, October 27, 2010

Despedida de solteira

Nem uma cervejinha, um cinema, uma caminhada, uma chuva, uma cervejada, um passeio, uma livraria, uma casinha de sapê, uma corridinha, um supermercado, um temporal, um lanche, uma feira, um parque de diversões... muito orgulho devidamente engolido - e futuramente recompensado. Dois bolos consecutivos - e originalmente desculpados. Uma próxima-próxima a ser cobrada oportunamente. Tese, antítese e síntese. Una mujer dramatica, louca desvairada, curiosa surtada e um gato de botas com o rabo entre as pernas. Alguém que simplesmente não existe!

Tiaras de coelhinha, de diabinha e de girafinha. Rabinho e gravatinha também. Soul, groove, funk. Que banda! Um camarote, um sofá, uma pista e muuuuito espaço. Dança, muita dança. A gente se despediu, e como se despediu.

Cá dentro, no escuro, chave na mão, da porta pra cá, tristeza sem fim. Coração em prantos, sonhos despedaçados, planos desfeitos. Mais tempo de espera, menos paciência, mais cabelos brancos, menos saco, mais encheção de saco, menos dinheiro na conta bancária, mais preocupações, menos amigos, mais frustrações, mais e mais estudo, mais uma esperança que morre, mais vida por viver. Sobreviver. Borboletas que perderam as asas. Sensação de impotência de merda. Fraqueza, solidão. Parece aquele pesadelo... um buraco negro sem fundo e eu não páro de cair. Só que desgraçadamente eu sei que não tô sonhando. Como a gente se despede de algo que nunca teve?

Que bons ventos tragam sonhos melhores.

Enfim, me despeço.

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