Enfim, livre. Criei coragem dos meus medos e angústias e me despedi daquela que não era eu. Daquela que, invasiva como uma pílula, estava se enfiando goela abaixo em mim e tomando conta dos meus atos e dos meus pensamentos estômago adentro. Daquela que, desprezível como um vício, farejava sorrateiramente à procura de frestas na minha pele para penetrá-la e dominá-la sem qualquer pudor. Daquela que, atordoada demais para se controlar, movia-se furtivamente na calada da noite sussurrando em meus ouvidos absurdos indizíveis. Daquela que, oportunista como um inimigo à espreita, estava se esgueirando pelas beiradas do meu ser e aos poucos conquistando esse vasto mas vulnerável território.
E como é bom se desamarrar... soltar as amarras, abrir as algemas, cortar os laços. Ah, é libertador! Ver-se livre de atitudes e de comportamentos que já estavam se tornando um padrão. Pior, um padrão que não é seu, que em nada se parece com você, com a sua essência. É inspirador, é delicioso, é inebriante. À vontade e desenfreadamente inebriante.
Ah, espero ser arrebatada assim muitas vezes ainda na vida.
2 comments:
Tb preciso destrancar minha fechadura. Cadê minha chave?
P.S.: a word verification de hoje (para postar o comentário) é "BROXAM". Será isso um sinal? Hahaha!
Hahahahaha... MACONCERTEZA!!!!!!!! Só pode ser um sinal, essas coisas não falham... haha! Nossa, essa foi demais pra mim, morri.
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