"Pergunto-te onde se acha a minha vida.
Em que dia fui eu. Que hora existiu formada
de uma verdade minha bem possuída.
Vão-se as minhas perguntas aos depósitos do nada.
E a quem é que pergunto? Em quem penso, iludida
por esperanças hereditárias? E de cada
pergunta minha vai nascendo a sombra imensa
que envolve a posição dos olhos de quem pensa.
Já não sei mais a diferença
de ti, de mim, da coisa perguntada,
do silêncio da coisa irrespondida."
Em que dia fui eu. Que hora existiu formada
de uma verdade minha bem possuída.
Vão-se as minhas perguntas aos depósitos do nada.
E a quem é que pergunto? Em quem penso, iludida
por esperanças hereditárias? E de cada
pergunta minha vai nascendo a sombra imensa
que envolve a posição dos olhos de quem pensa.
Já não sei mais a diferença
de ti, de mim, da coisa perguntada,
do silêncio da coisa irrespondida."
[Cecília Meirelles, arrebatadora.]
[...]
E cá me pergunto eu onde é que raios foi parar o meu coração. Sequer anotei a placa do anestesista! Devo ter encaixotado com o resto das tralhas velhas e esquecido no fundo do armário. Como impagavelmente diria Sílvio Santos, "não sei se vou ou se fico, não sei se fico ou se vou...".
No comments:
Post a Comment